data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Virar craque de futebol ainda é um dos sonhos mais citados pelos pequenos quando perguntados sobre o que gostariam de ser. No entanto, não são todos que tem a chance de contar com o apoio dos pais em busca dessa realização. Em homenagem ao Dia dos Pais, comemorado neste domingo, o Diário conta a história de três pais que precisaram mudar suas vidas para dedicar mais tempo aos filhos em diferentes situações: na busca por um sonho, na esperança durante um tratamento de saúde e nos cuidados do dia a dia em casa. Abaixo, você vai conhecer a história de Adriano e Diego.
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Sonhar o sonho do filho é uma constante na vida do empresário Adriano da Silva Machado, 39 anos. Desde os 8 anos, já era perceptível a habilidade de Diego com o futebol. Mas foi com o apoio dos professores e, também, dos responsáveis por escolinhas de futebol pelas quais o menino passou que o pai passou a incentivar o objetivo do garoto. A primeira vitória em um campeonato de futsal serviu de motivação para que Diego continuasse jogando e, aos 11 anos, foi convidado para integrar a categoria de base do Grêmio, em Porto Alegre. Foi assim que o pai decidiu deixar a distribuidora de água que tinha em Santa Maria e partir, junto do filho e da mulher, para a Capital.
- O Diego tinha essa inclinação para o esporte, especialmente o futebol. Passamos a observar essa questão e incentivá-lo. Quando fomos para Porto Alegre, precisei largar o trabalho aqui e acompanhá-lo por lá por quase dois anos. Não foi uma só vez que pensei em desistir e voltar com ele para casa, porque a pressão e a responsabilidade são muito grandes e ele era muito pequeno. Mas sempre que conversava com ele, ele dizia que queria ficar e aí eu fui deixando - relata Adriano.
E quando tudo parecia estar voltando à normalidade, pai e filho foram surpreendidos mais uma vez: no ano passado, Diego foi chamado para a base do Juventude. E lá foi a família organizar as malas para mudar para Caxias do Sul. Os pais permaneceram na cidade durante o primeiro ano e, no início de 2019, retornaram a Santa Maria para poder voltar às atividades. O sonho do filho, no entanto, continua.
- Ele continua lá, com o acompanhamento e cuidados dos professores do clube. Sempre que dá, vamos para lá ou ele vem, mas a saudade é grande. Conversamos, todos os dias, por videochamada, mas é complicado... ele tem só 14 anos, é nosso único filho e vemos que já precisa ser bastante responsável por ele mesmo - confessa o pai.
Atuando como meio-campista do Juventude, Diego já viajou para diferentes lugares dentro e fora do Brasil. As conquistas são motivo de orgulho do pai que, emocionado, procura acompanhar cada passo do adolescente.
- A gente vive para os filhos, mas não é uma decisão fácil. Ao longo do tempo que estive longe do trabalho, perdi clientes, tive queda financeira e alguns problemas, mas não me arrependo de nada e faria tudo de novo se fosse preciso. Ele nos orgulha muito, pela idade dele e onde ele já está. Vemos a determinação que ele tem e isso é o nosso combustível para acordar todos os dias e apoiar o sonho dele - conta.